CIÊNCIA - FILOSOFIA - RELIGIÃO
CIÊNCIA - Química
P5 –Nos chamados movimentos brownianos e nas afinidades moleculares poderemos observar manifestações de espiritualidade?
R- Nos chamados movimentos brownianos, bem como nas atrações moleculares,
ainda não poderemos ver, propriamente, manifestações de espiritualidade, como princípio de inteligência, mas fenômenos rudimentares da vida em suas demonstrações de energia potencial, na evolução da matéria, a caminho dos princípios anímicos, sob a bênção de luz da natureza divina.
P6 –Houve uma unidade material para a formação das várias expressões orgânicas existentes na Terra?
R- Assim como o químico humano encontra no hidrogênio a fórmula mais simples para estabelecer a rota de suas comparações substanciais, os espíritos que cooperaram com o Cristo, nos primórdios da organização planetária, encontraram, no protoplasma, o ponto de início para a sua atividade
realizadora, tomando-o como base essencial de todas as células vivas do organismo terrestre.
FILOSOFIA - Aprendizado
P119 –Como devemos proceder para dilatar nossa capacidade espiritual?
R- Ainda não encontramos uma fórmula mais elevada e mais bela que a do esforço próprio, dentro da humildade e do amor, no ambiente de trabalho e de lições da Terra, onde Jesus houve por bem instalar a nossa oficina de perfectibilidade para a futura elevação dos nossos destinos de espíritos imortais.
P120 –Pode existir inteligência sem desenvolvimento espiritual?
R-Diremos, melhor: inteligência humana sem desenvolvimento sentimental, porque nesse desequilíbrio do sentimento e da razão é que repousa atualmente a dolorosa realidade do mundo. O grande erro das criaturas humanas foi entronizar apenas a inteligência, olvidando os valores legítimos do coração nos caminhos da vida.
RELIGIÃO - Revelação
P264 –Como deve ser considerada, no Espiritismo, a chamada “Santíssima Trindade”, da teologia católica?
R- Os textos primitivos da organização cristã não falam da concepção da Igreja
Romana, quanto à chamada “Santíssima Trindade”.
Devemos esclarecer, ainda, que o ponto de vista católico provém de sutilezas teológicas sem base séria nos ensinamentos de Jesus.
Por largos anos, antes da Boa Nova, o bramanismo guardava a concepção de Deus, dividido em três princípios essenciais, que os seus sacerdotes denominavam Brama, Vishnu e Çiva. (*).
Contudo, a Teologia, que se organizava sobre os antigos princípios do politeísmo romano, necessitava apresentar um complexo de enunciados religiosos, de modo a confundir os espíritos mais simples, mesmo porque sabemos que se a Igreja foi, a princípio, depositária das tradições cristãs, não tardou muito que o sacerdócio eliminasse as mais belas expressões do profetismo, inundando o Evangelho sob um acervo de convenções religiosas e roubando às revelações primitivas a sua feição de simplicidade e de amor.
Para esse desiderato, as forças que vinham disputar o domínio do Estado, em face da invasão dos povos considerados bárbaros, se apressaram, no poder, em transformar os ensinos de Jesus em instrumento da política administrativa,
adulterando os princípios evangélicos nos seus textos primitivos e assimilando velhas doutrinas como as da Índia legendária, e organizando novidades teológicas, com as quais o Catolicismo se reduziu a uma força respeitável, mas puramente humana, distante do Reino de Jesus, que na afirmação do Mestre, simples e profunda, não tem ainda fundamentos divinos na face da Terra.
(*) –O Padre Alta, em O Cristianismo do Cristo e o de seus vigários, nos diz que a fórmula do catecismo – 3-Pessoas em Deus – era verdadeira em latim, onde o vocábulo persona significa forma, aspecto, aparência. É falsa, porém, em francês ou em português, com acepção de indivíduo. –Nota da Editora.
P265 –Como interpretar a antiga sentença – “Deus fez o mundo do nada?”.
R- O primeiro instante da matéria está, para os Espíritos da minha esfera, tão obscura quanto o primeiro momento da energia espiritual nos círculos da vida universal.
Compreendemos, contudo, que sendo Deus o Verbo da Criação, o “nada” nunca existiu para o nosso conceito de observação, porquanto o Verbo, para nós outros, é a luz de toda a Eternidade.
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